Rompendo a custo o céu surge a casta deidade
com seu manto que estrelas fulgentes encerra
e os raios de luar, colar da divindade,
são opalas de luz em dádivas à Terra.
Da lâmpada imortal que nos espaços brilha
iluminando a sombra da floresta errante,
as florzinhas e as feras que saem em sua trilha,
todos passam a sentir o beijo fascinante.
Traz, afinal, ao poeta, um sonho peregrino,
que, em êxtase crescente se vê pequenino,
contemplando o luar, perfeita obra de Deus.
E ele volta pra Lua o seu pálido rosto
com uma ânsia febril e um pedido é composto:
- Arrasta-me ao infinito unido aos raios teus!
Mariinha Mota
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