quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Publicado no Jornal "O Estafeta" - Seção Gente da Cidade - Piquete - SP

Alma sensível, espírito de luz, Maria Augusta Beraldo Leite Mota nasceu em Piquete no dia 18-02-1930, filha do Sr. Horácio Pereira Leite e Dona Maria de Lourdes Beraldo Leite. Casada com o professor e musicista Geraldo Sílvia Mota, teve o lar enriquecido com seis filhos e vários netos. Mulher de fibra, Mariinha é uma das maiores representantes femininas piquetenses no campo cultural. Professora, ajudou na educação de muitas crianças e jovens.

Poetisa, trovadora, declamadora e ensaísta, sempre se dedicou com entusiasmo e lucidez ao ofício de escritor. Desde menina mostrou pendor para a oratória. Fez da palavra instrumento para expressar sua sensibilidade e reflexões diante do espetáculo da vida. Ainda criança, em 1939, saudou o Presidente da República Getúlio Vargas, quando de sua visita à Fábrica de Pólvora de Piquete. Sempre trabalhou em prol dos necessitados e em obras assistenciais. Foi uma das fundadoras da Rede Feminina de Combate ao Câncer e da Lira da Juventude Piquetense.

É detentora de grande número de prêmios em poesia e prosa, nacionais e internacionais. Foi eleita pela revista belga "Poemas" para o seu "Tableau D'Honneur - 1982", como uma das seis intelectuais brasileiras de maior renome internacional. Publicou diversas obras, muitos trabalhos traduzidos para o francês, inglês, espanhol e grego. São composições de sua lavra: Ascese (sonetos), Ascetério (poemas), Acendalhas (poesias infantis), Vida Afora (trovas), Per Viam Vitae (trovas), Três Artistas Baipendianos (biografias), Res Non Verba (crônicas), Filipe II e sua História (romance) e Bárbara Heliodora e a Inconfidência (estudo histórico).

Figura nas seguintes antologias: Trovadores do Vale, Crônicas de Barra Mansa, Poetas Valeparaibanos, Roteiro Biobibliográfico da Poesia Feminina no Brasil, Anuário de Coletânea de Trovas Brasileiras - 1978 e 1979, Poetas do Brasil - 1977, 1978 e 1979, A Trova no Brasil, Escritores do Brasil - 1978 e 1979, Coletânea de Contos e Poesia e Dicionário Conciso de Autores Brasileiros.

Pertence a diversas associações culturais: Academia de Letras do Vale do Paraíba, cadeira número 27, patronímica de José de Anchieta; Academia de Letras de Uruguaiana, Academia Internacional de Letras "Três Fronteiras" (Brasil, Argentina e Uruguai), Academia de Letras da Fronteira Sudoeste do Rio Grande do Sul, Academia de Trovadores da Fronteira Sudoeste do Rio Grande do Sul, Associação Uruguaianense de Escritores e Editores, Academia Internacional de Heráldica e Genealogia, Academia Internacional de Ciências Humanísticas e Instituto Histórico e Geográfico de Uruguaiana.

Detentora das seguintes láureas: onze medalhas de ouro e prata e inúmeros diplomas conquistados em concursos de declamação no Vale do Paraíba e Sul de Minas, diploma de Honra ao Mérito do Instituto Histórico e Geográfico de Uruguaiana, diploma e medalha "Mérito Cultural - 1978" da Federação de Academias do Sul do País, diploma e medalha "Mérito Cultural - 1979", da Academia de Trovadores da Fronteira Sudoeste do Rio Grande do Sul e Troféu Evangelina Cavalcanti - Recife, Pernambuco.

Embora culta e voltada para a arte literária, Mariinha Mota nunca perdeu a simplicidade. Sempre viveu em Piquete, cujo povo e paisagem foram-lhe, muitas vezes, motivos de inspiração. Nossas homenagens a Mariinha se devem a seus valores literários, espirituais e principalmente pelo trabalho de divulgação de nossa cidade de forma brilhante e criativa.

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