Meu Brasil

Brasil, minha terra amada!

És regiamente dotada

de gente boa e gentil,

de gente crente e valente,

terra de heróis e de irmãos.

Meu Brasil muito querido,

ouça o meu canto sentido:

Amo o Nordeste, amo o Leste,

o Norte, o Sul, Centro-Oeste.

Amo o estado de São Paulo,

porque foi onde nasci,

onde vivi e cresci,

eis que ele deu ao Brasil

o paulista bandeirante.

Grande parque industrial,

São Paulo é o grande fanal,

pois dando ao Brasil café,

também lhe dá esta fé

de que pode conquistar

um lugar pra se altear

e entre outros povos brilhar.

São Paulo – berço glorioso

da indústria e da cultura.

Jóia rara que fulgura,

em nosso país grandioso.

Amo o estado mineiro

que tem povo hospitaleiro,

que é bondoso e prazenteiro.

Terra dos Inconfidentes,

do Mártir da Liberdade.

Berço da Fraternidade,

orgulho dos brasileiros!

Querida Minas Gerais,

que nos deu o Rei Pelé,

deu Piaza e deu Tostão,

que com o seu futebol

fizeram nosso país

sagrar-se tricampeão.

Amo a terra nordestina,

de gente constante e forte,

que enfrenta a seca de morte

 e a rudeza do sertão,

cheia de desolação.

Amo a terra cearense

onde nasceu Alencar,

que contou como viveu

a bela virgem morena,

a meiga e doce Iracema.

Amo também a Bahia,

de mil garotas formosas,

lindas morenas garbosas,

cantadas por Dorival,

Ari Barroso e outros mais.

Bahia dos coqueirais,

do vatapá, do dendê,

manjericão, candomblé.

Bahia de Rui Barbosa,

Castro Alves, Marta Rocha,

de gente muito famosa,

de gente muito briosa.

De Martinha Vasconcelos,

a “miss” de olhos tão belos,

que soube bem abafar,

para o Brasil conquistar

a coroa sem rival

da beleza universal.

Eu amo a terra gaúcha-

os pampas do meu país -

do churrasco e chimarrão.

Amo também Pernambuco

e a “Veneza Brasileira”:

essa Recife fagueira,

do frevo e maracatu.

Amo igualmente Goiás,

escolhido entre outros mais

pra ser sede sem igual

do Distrito Federal.

Amo ainda a Guanabara,

jóia linda e muito rara,

estatuário de beleza,

deslumbrante natureza.

O mar de Copacabana,

Pão de Açúcar e o Corcovado,

trazendo bem estampada

a beleza e a glória humana.

Amo o Rio de Janeiro

de irreverente sotaque;

deu-nos Olavo Bilac,

grande vate brasileiro.

Quero vivas levantar

mil e um versos entoar

à terra de gente boa,

que trabalha e se diverte,

que sabe bem ser feliz.

Amo, enfim, todo e qualquer

recanto do meu país.

Amo o Nordeste, amo o Leste,

o Norte, o Sul, Centro-Oeste.

Amo essa gente bondosa,

essa gente generosa.

Amo o Brasil, minha Terra,

sentindo que ele encerra

a esperança do porvir.

1968 – Medalha de Bronze no Concurso “Arnolfo de Azevedo” – Lorena, SP

Declamador: Enon Laércio Nunes

Mariinha Mota