Tu que trazes o peito atormentado e aflito
nas vascas da agonia infinda e lacerante,
ergue os olhos cansados, fitando o Infinito
e pensa, companheiro, medita um instante...
Busca o fulgor de Deus na abóbada estrelada.
Ouvirás em tua alma um sussurro: "Espera,
não olvides servir aos que te seguem a estrada
ainda mesmo que a dor te açoite qual megera."
Então, todo o teu ser, em prece, comovido,
bendize a doce paz, o bem usufruído
mostrando ao Pai de Amor a tua gratidão.
Sentindo que não estás sozinho na jornada,
segue, após, distribuindo a célica alvorada
que, afinal, despertou esse teu coração.
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