Cortam os mares do Cosmo esferas de ouro airosas...
São as rondas dos sóis a vagar pelo espaço...
E os tufões siderais marcam vivo compasso,
trazendo um centenar de mundos, nebulosas...
Os átomos são sóis no berço rude e baço,
envoltos em cortinas frágeis e gasosas.
Nas longínquas estrelas, almas amorosas
evoluem ainda mais, sem dores nem cansaço.
É estranho o Universo!... Na glória que esmaga
há os vermes famintos que corroem em vaga,
há perfumes bailando, há terríveis avernos.
Mas uma só palavra faz fremir o mundo:
Deus! Enigma doce, sublime e profundo
que enriquece de amor os caminhos eternos!
Mariinha Mota
Mariinha Mota
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